tag:blogger.com,1999:blog-40185312248596660622024-03-19T04:57:39.099+00:00Vou ali [res]pirar e já volto!Inspira. Expira. Não pira.
Crónicas e confissões de 5 mães (quase) à beira de um ataque de nervos.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-27413691135535614152016-08-25T14:30:00.001+01:002016-08-25T14:34:48.821+01:00A ti, MãeA ti que não vais ao cinema ver um filme para maiores de 18 anos,
desde o tempo em que não sabias o que era um esterilizador de biberões.<br />
<br />
A
ti que já nem sabes qual é o canal da séries - na verdade já nem sabes
que séries ainda dão - pois a tua televisão está praticamente limitada
ao<i> Disney Chanel</i>, <i>Nickelodeon</i>, Panda e <i>Cartoon Network</i>.<br />
<br />
A ti que ouves os escárnios da tua sogra sobre a alimentação que dás ao teu filho, e aguentas estoicamente sem sequer lhe revirar os olhos.<br />
<br />
A ti que ficas 3 horas à seca numa festa infantil, a ensurdecer com os gritos histéricos das criancinhas, a estremecer a cada estoiro de balão e a gramar conversas e suspiros de mães que quase desfalecem a cada salto do filho no insuflável.<br />
<br />
A ti que não sabes o que é dormir até mais tarde, que esgotaste o teu repertório de truques para fazer o teu filho acordar a horas nos dias de escola, mas que te vês acordada pela pequena criatura às 7h de sábado para ir ver bonecos animados na televisão.<br />
<br />
A ti que conheces todos os MacDonalds do teu concelho e arredores, e que achas que as Docas ainda são o sítio mais badalado da noite.<br />
<br />
A ti que já não tens desculpas para justificar os consecutivos atrasos ao trabalho de manhã porque o miúdo não quer ficar na escola, as saídas mais cedo para a consulta de desenvolvimento dos 2 anos e 3 meses, e a hora de almoço mais demorada para ires ao El Corte Inglés procurar aquela mochila que a tua filha quer tanto e que não há em mais lado nenhum.<br />
<br />
A ti que ignoras que as calças de cintura descaída já estão fora de moda mas que sabes onde encontrar ténis com rodinhas e luzes psicadélicas, e já conheces todos os bonecos dos <i>Invizimals</i>.<br />
<br />
A ti que não tens tempo para ir ao ginásio, mas que ao final de uma hora a tomar conta dos teus filhos estás mais cansada do que uma manhã de treino intensivo. <br />
<br />
A ti, Mãe que passas por tudo isto e mais um par de botas, um apertado abraço aqui desta tua homónima solidária que te vê e te compreende.<br />
<br />
N.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNVhlnCRoxfKdG-avmBBS-QKK1gwxagkDEsoOyDz2-HDeLmDBaVkchR9qmk13OttQoJjXlcMpCf2SGMKMNnZqLP6710AiVskxS66fYnBq35bD9Hp4cXDn9lKC788m31DKJLaA2zzB7yNH/s1600/13906911_10154111039668301_9015804310042486244_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNVhlnCRoxfKdG-avmBBS-QKK1gwxagkDEsoOyDz2-HDeLmDBaVkchR9qmk13OttQoJjXlcMpCf2SGMKMNnZqLP6710AiVskxS66fYnBq35bD9Hp4cXDn9lKC788m31DKJLaA2zzB7yNH/s320/13906911_10154111039668301_9015804310042486244_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-15175068039281290752016-08-03T17:01:00.000+01:002016-08-04T15:36:23.055+01:00Acampar com crianças nas fériasSe aqui há uns três anos me falassem em acampar, isso seria coisa para me deixar de cabelos em pé e ar de mete nojo. <br />
Mas a vida dá muitas voltas e, às vezes, deixa-nos de cabeça para baixo, obrigando-nos a fazer ajustes à nossa realidade. Para uma família, como nós, viciada em viagens, cuja noção de férias envolvia sempre pelo menos 2 aviões e hotéis de 4 estrelas, começar a acampar foi uma opção que envolveu algum trabalho mental e também algum investimento de tempo e dinheiro para nos prepararmos para esta realidade, da qual pouco ou nada sabíamos, e da qual tinhamos alguns preconceitos. <br />
As (poucas) experiências de campismo em Portugal tinham sido traumáticas, mas já tínhamos ouvido dizer que em Espanha, França, Alemanha, os parques de campismo eram fenomenais. Então, no ano passado, lá arriscámos numa viagem aos Picos de Europa, em Espanha, com regresso pela costa norte das Asturias à Galiza e foi espetacular!<br />
<br />
De facto, os parques de campismo são "outro campeonato" no que toca às comodidades, limpeza, acessibilidade e simpatia dos funcionários e mesmo dos outros hóspedes.<br />
Depois da estranheza inicial, e de nos adaptarmos aos sons e rotinas (cozinhar sem ser na nossa cozinha, tomar banho em casas de banho partilhadas, ouvir os sons das árvores, dos grilos quando estamos na tenda...), a coisa acaba por se entranhar de uma forma quase viciante. <br />
Foi uma experiência de duas semanas que adorámos e que prometemos repetir.<br />
Este ano o destino escolhido foi França, e se me perguntarem "também em campismo?", a minha resposta é um entusiasmado e eufórico "claro que sim!".<br />
Sobretudo para quem tenha crianças, acampar traz inúmeros benefícios, das quais saliento os seguintes:<br />
- A autonomia. O ambiente do <i>camping</i> é bastante controlado e, sobretudo, frequentado por famílias que cuidam umas das outras. As crianças têm oportunidade de andar mais livremente pelo espaço, sem necessidade de constante super visionamento. Damos-lhes pequenos recados como ir comprar o pão, ir aos lava-loiças lavar um copo, e algumas liberdades como ir à casa de banho sozinhos ou ir para o parque infantil durante 30 minutos, permitindo-lhes assim maior autonomia;<br />
- A sociabilização. Há crianças de várias nacionalidades e, entre os vizinhos das tendas em redor, o parque infantil ou a piscina, fazem-se sempre muitas amizades, provando que a língua não é uma limitação;<br />
- Aprender a apreciar e respeitar a natureza. Para crianças de cidade é sempre uma excitação dormir, brincar, comer e descansar ao ar livre. Cedo perdem os medos dos sons da natureza e aprendem a gostar dos bichinhos, dos pés descalços na relva e de poder andar descontraídos todo o dia. Além disso, o ecoturismo pressupõe que deixemos sempre o espaço que ocupámos como o encontrámos, ensinando assim sobre a importância da ecologia.<br />
São experiências inesquecíveis para as crianças e para nós, pais, que vibramos ao vê-los tão felizes. <br />
Além disso, o campismo é algo que nos oferece tempo. Sem horários, tudo é feito ao nosso ritmo, calma e descontraidamente.<br />
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</div>
<br />
A viagem deste ano pretendia percorrer a costa Basca, subindo depois pela Bretanha até à Normandia. Um imprevisto com o carro impediu-nos de seguir os planos iniciais, fazendo-nos descer da Costa Basca para os Pirinéus, de modo a reduzirmos o número de quilómetros.<br />
O parque de campismo em que estivemos na Costa Basca, perto de Biarritz, era pequeno mas amoroso, super verde e com parcelas espaçosas. Cada família tem direito a 80m2 de relvado para dispor a sua tenda e carro ou autocaravana. Havia uma piscina exterior aquecida, uma piscina infantil (também aquecida) e um spa. Um parque infantil enorme com um mega trampolim, um restaurante, um bar e um <i>kids club</i> que mantinha as crianças entretidas toda a manhã. Havia um lago onde se podia fazer piqueniques e andar de bicicleta ao redor.<br />
<br />
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<br />
Os WC eram impecavelmente limpos, sempre com papel higiénico macio e até gel de álcool para desinfectar. Os duches eram de tamanho familiar, super espaçosos e práticos.<br />
O silêncio era imperioso a partir das 22h30, e começavam a ouvir-se gargalhadas e a cheirar a café às 9h. Houve trocas de bolachas, oferta de gasosas e sempre um vizinho a deitar um olho aos miúdos. <br />
Houve, definitivamente, a vontade de ficar mais tempo, mas queríamos conhecer mais lugares, então seguimos para os Pirinéus, onde ficámos num <i>camping</i> num vale lindíssimo, com instalações de luxo (por exemplo os WC eram mais bonitos do que os de muitos hotéis de 4 e 5 estrelas onde já estive), 5 piscinas exteriores aquecidas e escorregas aquáticos. Foi a loucura!<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQXU9KPXNJcb6qsyn2QDLWnUfx-3TtzIMUehhPdpCZIc0k7qIrKDBFIbIG_tzZpIXJXr187gS2m8SA6zcgkpdnKHcuvRwMRDBoOTlpR6JZNjwhdNMQfm9d0EjsKtVlbMevy-vn3z9UbD99/s1600/2016-07-27+16.32.29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPkKHhwhPY1MSrBhgR0oeqMnuT1X-M6zKuHxvZYHh1aKkFFZPLnUGkdn9YiUA_IiqSIU7Q4svp6q7je4KGyDQEbzXpsbxnopdmBpkq-jVWzXL-ZcYZcpHcD0isAqj-J-n1jMeOLrHlmam6/s320/2016-07-19+17.42.31.jpg" width="240" /> <img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQXU9KPXNJcb6qsyn2QDLWnUfx-3TtzIMUehhPdpCZIc0k7qIrKDBFIbIG_tzZpIXJXr187gS2m8SA6zcgkpdnKHcuvRwMRDBoOTlpR6JZNjwhdNMQfm9d0EjsKtVlbMevy-vn3z9UbD99/s320/2016-07-27+16.32.29.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Daí aventurámo-nos para passeios nas montanhas, com trilhos de mais de 2h junto a rios e cascatas e direito a andar de teleférico, de tele-cadeirinhas e ainda a descer 800 metros de montanha num <i>tobogan</i> sobre carris. Vimos a cascata mais alta de França, estivemos num dos picos mais altos dos Pirinéus, e fizemos piqueniques em locais de cortar a respiração. Estivemos num parque animal onde os animais estão sem semi-liberdade e onde pudemos alimentar e dar festinhas a marmotas, a imagem de marca da região. À noite ouvíamos os lobos a uivar ao longe, e acordávamos com coelhinhos à beira da tenda.<br />
<div style="margin: 0px 0px 6px;">
<br />
Foi muito, muito bom! Uma experiência enriquecedora e de crescimento em tantos sentidos, para cada um de nós, deixando-nos cheios de recordações que ficarão para sempre na nossa memória.<br />
E claro, já estamos a planear a próxima viagem! <br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Q6w_lHPJLceIf8accJDOSzzqYtGOG37EZGoBe9dlMJDFmhFrjcAtyqGMoJKCzaEUFIk5muHQ73xg0QY7ILsCue7Fd-DpLaVgAAf69EYP3CNCB_bvj4b6C4MuEJ7PlcBJT2Ck4G-Cx_uY/s1600/2016-07-27+16.43.08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Q6w_lHPJLceIf8accJDOSzzqYtGOG37EZGoBe9dlMJDFmhFrjcAtyqGMoJKCzaEUFIk5muHQ73xg0QY7ILsCue7Fd-DpLaVgAAf69EYP3CNCB_bvj4b6C4MuEJ7PlcBJT2Ck4G-Cx_uY/s320/2016-07-27+16.43.08.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDmsiS9ULWjftmb956I6SVzaBd3oK81jmkAlX096tod8OILCnTcnYL-QI3FgOSV_jLJRJFsQCl-Zb7tAV1LZHeErt4msa7tLarlYEU7IZbh9KxgCXYc2D3IsUrl41y9PBFVH29fMgS-b3Q/s1600/2016-07-27+16.36.32.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDmsiS9ULWjftmb956I6SVzaBd3oK81jmkAlX096tod8OILCnTcnYL-QI3FgOSV_jLJRJFsQCl-Zb7tAV1LZHeErt4msa7tLarlYEU7IZbh9KxgCXYc2D3IsUrl41y9PBFVH29fMgS-b3Q/s320/2016-07-27+16.36.32.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
N.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-5239809835873872792016-05-12T15:04:00.000+01:002016-05-12T15:17:00.649+01:00Mães que arriscam, filhos que petiscamNo outro dia, estava com o meu filho e marido a passear na praia quando começou a chuviscar. O meu marido apressou logo o passo para irmos para o carro e, daí a pouco, quando a chuva começou a engrossar, já ele gritava para que corrêssemos. Só que eu não corri.<br />
Estava um daqueles finais de tarde bonitos, com um sol ainda forte e morno, e aquela chuva quase inusitada estava a saber-me estranhamente bem. Então, em vez de correr, parei e fiquei a sentir as gotas a cair na minha cara, quase numa dança da chuva.<br />
O meu filho, ao ver-me ficar para trás, estancou e quis correr para mim, mas o meu marido já o puxava para chegarem mais rapidamente ao carro. Então, disse-lhe que o deixasse estar.<br />
<br />
Pensam vocês "mas que mãe deixa o filho apanhar uma molha? Que inconsciente, deve estar a ver se o miúdo fica doente".<br />
<br />
Bem, em minha defesa posso dizer que não sou inconsciente. Efetivamente, foi a tomada de consciência de que o meu filho, aos 6 anos, nunca tinha sentido a chuva cair em cima de si, de forma livre e intencional, que me impeliu a deixá-lo ter essa experiência (isso e conhecer bem o sistema imunitário do meu rebento).<br />
Quantos de vocês já se permitiram olhar para o céu e sentir as gotas fortes de chuva molharem-vos o rosto, escorrendo como se tivessem vindo de um mergulho no mar? Sentir o couro cabeludo arrepiar-se, as roupas começarem a ficar mais pesadas, como se, de repente, nós já não tivéssemos peso, apenas o que nos envolve? E dançar à chuva? Rodopiar, saltar, beber dessa liberdade de não ter que fugir nem agarrar guarda-chuvas ou outros pertences. Só nós e a força da natureza...é muito bom! <br />
O meu filho também gostou e fomos no carro a rir-nos, porque parecíamos uns gatos pingados (e não nos constipámos!). <br />
<br />
Aqui há uns tempos, revia um álbum da minha infância quando tive outra consciencialização deste tipo. Numa fotografia, eu estava pendurada num tronco de uma árvore, de cabeça para baixo. E foi aí que me apercebi que o meu filho, provavelmente, nem sabia trepar a uma árvore. Mas que raio de infância é esta em que os miúdos não experimentam o que os rodeia?! É quase o B-A-BA de ser criança! Subir, escorregar, cair. Tentar ir pelo outro lado, alcançar um galho mais alto ou ficarmo-nos por um baixinho, mas pendurarmo-nos nele como se fossemos macaquinhos. Tão divertido!<br />
<br />
Hoje em dia, com a informação assustadora que nos chega a toda a hora e o pouco tempo que temos para arriscar em atividades que podem dar para o torto, temos medo de tudo e acabamos por colocar os nossos filhos em redomas que julgamos torná-los seguros, mas na verdade estamos apenas a impedir que aprendam com os próprios erros, que experimentem, que sintam a responsabilidade de arriscar.<br />
Claro que é muito menos stressante mantê-los a 50 cm de nós, fechados dentro da cerca do parque ou bem coladinhos ao chão porque daí não passam. Mas o que lhe estamos a ensinar? Do que os estamos a privar, que medos e limitações lhes estamos a incutir?<br />
<br />
Proteger os filhos é também permitir que eles errem e se magoem, pois só assim eles poderão aprender a levantar-se sozinhos e a fazer melhor na próxima tentativa. <br />
<br />
N.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1OCNSGk8-HJvtLpPWZPbzqaUrvxUzBh3vARkyc-fG8LSfPv2a_YxCm4_DAC_CSFLSLS3cWQfdB6D3MPFgd614yWjc5jGJDN-C6aLV2vk-_0Z8u_VP3v3-hOEZnRyD5O2AIp-Fzi96p_KO/s1600/what-if-i-fall-oh-but-my-darling-what-if-you-fly-quote-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1OCNSGk8-HJvtLpPWZPbzqaUrvxUzBh3vARkyc-fG8LSfPv2a_YxCm4_DAC_CSFLSLS3cWQfdB6D3MPFgd614yWjc5jGJDN-C6aLV2vk-_0Z8u_VP3v3-hOEZnRyD5O2AIp-Fzi96p_KO/s320/what-if-i-fall-oh-but-my-darling-what-if-you-fly-quote-2.jpg" width="307" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-892025003197164602016-04-23T20:20:00.000+01:002016-04-29T14:38:29.333+01:00Respirar à grande e à francesa<div style="text-align: justify;">
Nesta Páscoa fomos à Disneyland Paris. E quando digo fomos, falo mesmo num plural que inclui 3 das autoras deste blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, na realidade acabámos por não ir as 3, uma vez que, na véspera, a X. cancelou a viagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um bombista suicida resolveu explodir o aeroporto de Bruxelas semeando, uma vez mais, o pânico e o medo para
quem viaja pelo centro da Europa. A X., que ia só com a filha, não se sentiu
confortável em deixar cá o pai da cria ansioso com esta situação, então
optou por não ir.</div>
<div style="text-align: justify;">
A R. e eu arriscámos, mas tivemos que dar muitas
explicações aos nossos filhos, para o facto de haver tanta polícia
armada até aos olhos à saída do aeroporto, e por termos de ser todos
revistados à entrada dos Parques. Não foi fácil transmitir os
acontecimentos da véspera aos pequenos e ainda menos fingir que aquilo
não nos preocupava e que, no mundo da fantasia, estaríamos seguros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na realidade até estávamos, ou pelo menos foi assim que nos sentimos, tendo em
conta o que vimos (e o que não vimos). Só para terem uma ideia, a R.
deixou o carrinho de bebé da filha parado à porta de uma loja por 15
minutos e quando voltou ele já não estava lá. Contrariamente ao que
inicialmente pensou, o carinho não tinha sido roubado, estava intacto
mas com os segurança do parque que não permitem que item nenhum fique
"abandonado" mais de 10 minutos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
À parte disso, a verdade é que,
no momento em que entramos na Disneyland, todas as preocupações ficam lá
fora. O nosso universo passa a ser somente a<i> Fantasyland</i>, a
<i>Adventureland</i>, a <i>Frontierland </i>e a <i>Discoveryland</i>, e os nossos maiores
receios são apanhar filas com mais de 30 minutos para as diversões (o
que acontece... muito!).<br />
<div style="text-align: justify;">
De um segundo para o outro, como se fossemos
salpicadas por pó de fada, deixamos de ser as mães chatas e
controladoras e passamos a ser mais umas crianças, no meio das milhares
ali presentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Devo confessar que, com o meu filho, o único stresse que tive foi convencê-lo a andar na <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Qkj8tjW90CY">Hollywood Tower</a> (que ele não andou) e lidar com a frustração dele (e minha!) por, após 2 horas na fila para o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=5FhyyXolwds">Ratatui</a>, aquilo não render mais do que 2 fantásticos minutos.</div>
Essa
é a parte que mais custa, as esperas, que no meu caso só foram
suportáveis porque abri uma excepção e permiti que o T. jogasse no
telemóvel enquanto estávamos na fila. Assim até passava num
instantinho... para ele!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfTie6d-QsYp6xXRUzAJ_wqFlsFmW0slVbzWA4M0xzRyLPobh1evyRsDvmQCQuN_E193ornPgs6pZ5m4VzhuKagKrjItAFbyKKNbz0fWpY4pRrrEek1zR7bL4NdwMeHKWKzsMaKozzvc03/s1600/2016-03-24-18.00.20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfTie6d-QsYp6xXRUzAJ_wqFlsFmW0slVbzWA4M0xzRyLPobh1evyRsDvmQCQuN_E193ornPgs6pZ5m4VzhuKagKrjItAFbyKKNbz0fWpY4pRrrEek1zR7bL4NdwMeHKWKzsMaKozzvc03/s640/2016-03-24-18.00.20.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
A primeira vez que fui à Disneyland tinha 8 anos e a segunda tinha 26. Agora, com 34, não notei quase nenhuma diferença, parece que o tempo
ali pára. Mas é um engano, não só não pára como passa muito rápido,
aqueles 3 dias e meio souberam-nos a pouco, mas foram muito bem
aproveitados!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Andámos em todas as diversões, desde o fofinho "<i>It's a Small World</i>" com cenários dos vários povos e culturas do mundo, às grutas dos Piratas das Caraíbas, a montanha russa do Indiana Jones, fintámos planetas e cometas na <i>Space Mountain</i> e andámos aos tiros galáticos com o <i>Buzz Lightyear</i>; vimos a Parada com
todas as personagens nos espetaculares carros alegóricos, assistimos à fabulosa
festa de encerramento com o <i>video mapping</i> que conta uma história projetada no palácio da Bela Adormecida, e deslumbrámo-nos com o grandioso fogo de artifício.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Comemos em restaurantes temáticos giríssimos,
jantando uma noite no Planet Hollywood, outra na selva e ainda outra num castelo da Baviera. A R. até
almoçou com as Princesas da Disney e com o Mickey, uma experiência inesquecível para as crianças (e não só)!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguA_1ABQ9RoNIrVkR8l6ikP-SXHVB8h2WFL4GyoVLKnh-f0PH_bvxCWc6GCJkQcn6VV-FkHINhZt-KnHGCnhuNw9E6e-Uf6uiRmf5ufTFFPVqHDf-VirKcozfLCEoAwTwCl865hPrsBjhO/s200/2016-03-23-17.56.37.jpg" width="200" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2f9h2G4Siao12oS_n03KW3OjjaIAr3-WXakhJVK0Isr0j3WQZ1oAfeYtjtKdIh1fnQDPPaMINZZ4VPyqaiaZ-UauBvArkIFVGRjrlg1_dR8agQ6PPje5EK-hzTuPGwQeMe0ndWT1VMYGH/s1600/2016-03-23-18.50.38.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2f9h2G4Siao12oS_n03KW3OjjaIAr3-WXakhJVK0Isr0j3WQZ1oAfeYtjtKdIh1fnQDPPaMINZZ4VPyqaiaZ-UauBvArkIFVGRjrlg1_dR8agQ6PPje5EK-hzTuPGwQeMe0ndWT1VMYGH/s200/2016-03-23-18.50.38.jpg" width="200" /> <img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_aiKpz2CW6ch_LMzEeSTblTGXRAHbwyK0f_QbXDVdiEb0W_U3UgIRWwhtq6k3F4TBT3Q6vXHUJnJ6_X2EuGSxInuTxldkgOBlpEYZ_jfJFLTW1w10B9lBuCVPYuR2rhvzLD2AwQ9HwvYk/s200/2016-03-23-17.52.18.jpg" width="176" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgylzJYHKxrECVUpZXcC5FjakO8Mxrl4Q9pOBI9D0yXfba9Q6bXlIOZ5m8JKU7JWo6BPqx1UBfNRUBiWg9rqjL06pAeR7AQo38UK2nAXugvH_G3xGyvkwPDpkjf-WmXQ_1J87fx_b19vu-w/s1600/DSC03388.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3nMjYugNNKz36SnRpN8cbTq-Z0IqNmTeb2D2IndzBOZBY00M3_t3pf9VnCd5ZPafNqZK4nmY1zB7_6PRktXpsXTVT6QMpgij5e84WMV88STFsWWl8l8iwMxX8ggclgwUzrOYuxcw9JCT7/s200/2016-03-24-18.21.10.jpg" width="200" /> <img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkV11sU63CsbJXiXj_T1SSXDtiohAIn2NbJsLrD-33vw6QHHfAKB9aPyJvvu12MAyLfbY-idUIR12yLVE6cA3kIj0H_4SKa4XJzbFL3UyXzTWlA8BL4fCNgokaRWilIeZV1ryYjyaTAkFa/s200/DSC03378.jpg" width="200" /> <img border="0" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgylzJYHKxrECVUpZXcC5FjakO8Mxrl4Q9pOBI9D0yXfba9Q6bXlIOZ5m8JKU7JWo6BPqx1UBfNRUBiWg9rqjL06pAeR7AQo38UK2nAXugvH_G3xGyvkwPDpkjf-WmXQ_1J87fx_b19vu-w/s200/DSC03388.jpg" width="200" /></a></div>
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Ultrapassados
os dramas alimentares (não há muita variedade e é tudo estupidamente
caro), ninguém sai defraudado desta mágica e inesquecível viagem.<br />
A viagem à Disneyland tanto faz sentido para crianças de 3 anos, que se encantam por personagens como o Dumbo, a Branca de Neve e o Peter Pan, como para as mais crescidas que já gostam de alguma emoção . Definitivamente, faz muito sentido para as mães e pais que <strike>ainda têm a sua criança interior aos saltos</strike> apreciam uma boa dose de adrenalina! <strike></strike>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-70203384973606898142016-03-01T17:16:00.001+00:002016-03-01T17:23:00.994+00:00EfemeridadesTu que és ou vais ser Mãe, escuta o que tenho para te dizer.<br />
<br />
Um dia, quando tiveres esquecido completamente as pernas inchadas da gravidez, os enjoos, a azia sem fim e o que passaste com o parto, vais ter saudades de estar grávida. <br />
<br />
Um dia, quando os teus mamilos já tiverem recuperado a sensibilidade perdida ou "estragada" durante a amamentação, vais ter saudades desses momentos de máxima intimidade com o teu bebé.<br />
<br />
Um dia, já o teu filho bebe leite sozinho de uma caneca, e tu vais ter saudades de lhe dar o biberão ao colinho.<br />
<br />
Um dia, depois muitas noites choradas a pé, a mudar lençóis de cama molhados, depois de dezenas de passeios arruinados por xixis e cocós não controlados, e por roupas que, de tão sujas, foram diretamente para o lixo, vais ter saudades de mudar fraldas.<br />
<br />
Um dia, já tu suspiras de alívio por o teu filho comer tudo pela sua própria mão, vais ter saudades dos tempos em que lhe davas a papa à boca, durante quase duas horas e com uma cozinha toda "explodida".<br />
<br />
Um dia, quando o teu filho estiver a sair definitivamente da escolinha onde te custava deixá-lo, vais ter saudades dos tempos em que sabias que havia quem cuidasse tão bem dele.<br />
<br />
Um dia, quando a tua casa estiver, finalmente, silenciosa e primorosamente arrumada, vais ter saudades dos tempos em que tropeçavas em Legos e havia sempre gargalhadas e gritos de fundo.<br />
<br />
Um dia, quando não houver ninguém a chamar-te constantemente, vais ter saudades de quando te gastavam o nome "mãeeeeeeee", "oh mããaaaaaaaeeeee", "mamãaaaaaaaaaaaaaaaãaaaaaaa"! <br />
<br />
Um dia vais lamentar cada berro que deste, cada palmada que te escapou, cada castigo que sentenciaste, cada promessa que não cumpriste, cada mentira que inventaste... mas acima de tudo vais lamentar já não teres a quem repetir cada uma dessas asneiras. Porque ser Mãe é isto mesmo, é errar e aprender e errar melhor, fazer diferente, voltar atrás, perder o orgulho. Admitir que somos humanas e que tudo isto é um <i>work in progress</i>, do trabalho mais difícil do mundo, que é também o melhor desta vida.<br />
<br />
N. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-22250605975326776472016-02-24T13:26:00.001+00:002016-02-24T13:26:50.311+00:00Aprender a brincar<div style="text-align: justify;">
O mercado está repleto de jogos didáticos e de atividades programadas para ajudar os nossos filhos a aprender brincando.</div>
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Sendo eu mãe de um rapaz, e sendo esse rapaz portador de um bicho carpinteiro de nível 3, é muito difícil convencê-lo a sentar-se e a concentrar-se em tarefas ou grandes explicações.</div>
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Na escola, sempre nos chamaram a atenção de que a sua capacidade de concentração era muito reduzida devido ao facto de ele só querer brincar.</div>
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Não ligámos muito aos 4 anos, até porque sempre tivemos ideia de lhe atrasar o ingresso no ensino básico, uma vez que ele só completaria os 6 em Dezembro mas, chegando ao final dos 5 anos sem grandes melhorias, começámos a preocupar-nos. Foi, sobretudo, quando a nova professora do meu filho sugeriu que poderia ter défice de atenção que achámos por bem consultar um psicólogo que lhe fizesse o despiste.<br />
A psicóloga que o viu apurou que não havia patologia nenhuma a assinalar, que esta dificuldade de concentração não era mais do que uma consequência da sua prematuridade (por ter nascido às 30 semanas) e que acabará por se resolver com o tempo, embora devêssemos explorar com ele formas de lhe captar o interesse e de trabalhar a concentração.</div>
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Eu que tenho o trauma de ter sido sempre uma péssima aluna a matemática por ter tido um mau começo de aprendizagem e de não ter tido o devido apoio em casa, por isso assumi logo a tarefa como uma forma de exorcizar os meus fantasmas.</div>
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De que forma poderia eu ajudar o meu filho a ir melhor preparado para o ensino básico, respeitando o seu ritmo e a necessidade de brincar?</div>
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Ainda nas férias de verão começámos com os jogos de tabuleiro. Monopólio Junior para aprender </div>
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as noções de compra e venda, preço e troco. Pictionary para treinar a expressão criativa. UNO, uma forma divertida para assimilar regras e perceber um jogo com várias dinâmicas. Peixinho (cartas normais) para conhecer os naipes e agrupar pares. E a lista de jogos continua...</div>
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Não sendo um jogo, descobri que as cadernetas de cromos também são ótimas para que as crianças </div>
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aprendam a contar, percebam a relação entre os números, a ordem crescente e decrescente. Se a caderneta for didática, ainda melhor! O meu filho gosta especialmente da dos Animaizinhos, que lhe explica tudo sobre os animais, que ele adora. E ainda experimenta a arte de negociar.</div>
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Recentemente, comecei a introduzir pequenos jogos nos nossos passeios de fim de semana, do género caça ao tesouro, em que cada elemento encontrado vale x pontos, tipo "3 pontos para quem encontrar uma flor vermelha, 2 pontos para quem vir a letra 'E', 1 se encontrar um triângulo naquela pintura. No final, deve somar os pontos e calcular o seu resultado, podendo ou não haver um prémio simbólico.</div>
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A brincar a brincar, aprende a fazer contas enquanto trabalha a observação e a atenção.</div>
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Rebuçados e gomas também servem para ensinar a somar, subtrair e até multiplicar. E mesmo com </div>
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os nossos disparates também podemos rimar!</div>
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Agora é o meu filho que me pede para jogarmos ao "caça pontos", e que me refresca a memória nas regras do UNO. E sei, sem qualquer dúvida, que o meu filho vai preparado para o 1º ano. </div>
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Não porque sabe estas coisas, mas porque brincou tudo o que quis no momento em que mais precisou, e porque sabe que o poderá continuar a fazer, pois encontraremos sempre uma forma de aprender a brincar.<br />
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(N)<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYyOQ_KHC5Swh5wYi4ItYSjAyoXn6ioCEzS_MAAogOWBkDvYNnfPKKT7tiF40rtuWxiFfes7H9HkM5crB1HcY9W-zMnWh8Z7ndJfae6eEnfJXGhX0-HWrTrE0tKxsPYwkU57gT-ibDqJFQ/s1600/IMG_9477.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYyOQ_KHC5Swh5wYi4ItYSjAyoXn6ioCEzS_MAAogOWBkDvYNnfPKKT7tiF40rtuWxiFfes7H9HkM5crB1HcY9W-zMnWh8Z7ndJfae6eEnfJXGhX0-HWrTrE0tKxsPYwkU57gT-ibDqJFQ/s1600/IMG_9477.jpg" /></a></div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-9171763101950107712016-02-16T15:48:00.001+00:002016-02-16T16:18:31.517+00:00Gratidão ao pai da minha filhaO meu divórcio é daqueles que não dá para explicar. Tenho um bom divórcio, seja lá o que isso quer dizer. Sim, temos divergências. Sim, temos problemas, discutimos... sim, é verdade.<br />
Mas, por vias de Deus, do Universo ou de outra coisa qualquer em que acreditem, não interessa o quê, o importante é que conseguimos entender-nos em relação à Nês.<br />
Só sei que, em prol da pessoa mais importante para mim e para o meu ex-marido, tudo se altera num segundo. Deixa de haver entraves, só existe uma escolha, o melhor para ela. Como aconteceu no Carnaval.<br />
<br />
Faz-te bem, tão bem ires passear com o pai, filha...<br />
Festejaste o dia com ele.<br />
Estive entretida com as lidas domésticas. Quando chegou a hora em que pensei que me ia esparramar no sofá com um belo <i>scone</i> e um chá, apercebo-me de como sinto a tua falta.<br />
Onde andarás? Tantas horas sem te ouvir chamar-me, que o vazio chega e bate em mim, como uma onda bate na areia da praia.<br />
Do que me estou a queixar?! A campainha está quase a tocar, <i>trim trim</i>!<br />
Estás quase a chegar para te abraçar, para te deitar e aconchegar na cama.<br />
<br />
Obrigada, meu ex- marido por também tu fazeres de tudo por ela.<br />
Por bastar um simples toque, um SMS e responderes logo. Por saberes o que importa para ela.<br />
E que nada disso tem a ver com o casamento, pois tudo isto existe quando somos pais de coração. Quando não existe egoísmo. Quando existe um amor que supera qualquer outro. Amor de papás.<br />
Obrigada, pai da minha filha. Obrigada por seres também meu amigo!<br />
<br />
X.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-87369418792713640312016-01-18T12:02:00.000+00:002016-01-18T12:03:10.997+00:004 testemunhos de "Como sobreviver ao primeiro período letivo sem manual de instruções"#1<br />
Se a entrada dos nossos filhos na escola nos deixa com lágrimas de emoção nos olhos, os três meses que se seguem podem ser de verdadeiro pesadelo. Ninguém nos avisa, mas o primeiro período é semelhante a uma praxe académica. Escapei orgulhosamente a esta, mas já não fui a tempo de fugir da entrada da pequena criatura no 1º ano do resto da sua vida. Ups, acho que não podia! Livros já lhes perdi a conta, fichas mais do que muitas, os famosos T.P.C. voltaram à minha existência e os horários madrugadores também. Só as disciplinas nucleares chegam para nos dar dores de cabeça e são apenas três: Português, Matemática e Estudo do Meio, misturado com Artes Plásticas, Ginástica, Música, Filosofia, Inglês e Teatro, esta por opção da criança. <br />
Já não aguento a canção da Maria Vasconcelos sobre os ditongos, mas muito obrigada por a ter composto, as vogais, as consoantes e os números até dez chegados em contas encavalitadas em cubos ou artimanhas estranhas, alheias a outros tempos. A exigência é tão grande, a pressão dos testes e avaliações enormes, que a sensação que tenho é que eu e a minha filha fomos atropeladas por um camião que não deu sinal de que se aproximava. Bom, talvez esta seja apenas uma sensação minha, porque apesar de cansada e nem sempre desejosa de se sentar a estudar, a minha descendente parece estar no bom caminho e, com apenas 6 anos, aguentou ter dois testes difíceis na mesma semana mais todos os outros. Quanto à avaliação: sou uma mãe exigente, sim, mas muito orgulhosa. Venham de lá a leitura e as contas depois do dez... Afinal, só faltam 14 anos para terminar a licenciatura!<br />
C.<br />
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#2<br />
E, assim do nada, dou por mim no início do 2º período letivo da cria. Olhando para dentro de mim notei que me sinto especialmente grata pelas ajudas que tivemos, tanto das minhas queridas amigas como do próprio colégio, que percebeu que a Inês é muito sensível, e que tem algumas questões de saúde.<br />
E de todos os lados fomos acolhidas. A Nês teve uma grande vantagem: a empatia com a professora, que foi imediata. E confesso que comigo foi igual - tão doce a professora Vera...<br />
Ajudou, essencialmente, nas questões emocionais da Nês, uma vez que foi uma grande mudança, saiu do ninho e foi lançada aos tigres. Uma escola muito maior, mais crianças e ela pouco preparada pelo anterior colégio para muitas coisas, que hoje eu sei serem banais, mas para ela foi tudo novo.<br />
Mas juntas vencemos mais uma batalha. A nível escolar a Nês não teve problema nenhum de adaptação, e sempre a senti confortável na sala de aula com a aprendizagem do dia-a-dia.<br />
Filha, estarei sempre à frente, atrás e ao teu lado. Continuemos a caminhar nesta jornada escolar!<br />
X.<br />
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#3<br />
Diz que "Em casa de ferreiro, espeto de pau" e, ao que parece, confere, pelo menos às vezes.<br />
Sou psicóloga de formação e, por algumas vezes, dei pareceres negativos para entradas precoces no 1º ciclo. Porque as crianças têm que brincar, porque têm que crescer com tempo, porque têm que ganhar maturidade com tranquilidade, porque têm o direito de não serem empurradas para o mundo dos crescidos, das notas, da competição e para um novo mundo que é de uma exigência estúpida e desmedida, que é como quem diz o nosso 1º ciclo (um grande bem haja ao nosso sistema educativo).<br />
Bom, avante... O Afonso é condicional, faz anos em Novembro, o que significaria que entraria no 1º ano ainda com 5 anos. No último ano do pré-escolar ficou desde cedo presente a minha dúvida na sua transição para o 1º ciclo. Vai ou fica e repete os 5 anos? <br />
A verdade é que o Afonso cresceu imenso neste último ano (também levou um apertão, é verdade. Mimadão, precisou de levar uma dose jeitosa de autonomia e trabalhámos a sua resistência à frustração). Com o apoio do colégio fomos seguindo a evolução e, a meio do ano, era clara a recomendação da Educadora e Psicóloga da escola: o Afonso está preparado para o 1º ciclo. Eu só fiquei convencida lá mais para o final do ano. O meu receio era que não fosse capaz de resistir às frustrações naturais que se adivinhavam, que se aborrecesse com a repetição das letras e números, que tivesse dificuldade em socializar com os novos amigos (porque mudaria de colégio).<br />
Como é evidente, sou uma mente simples e despreocupada...<br />
Bom....escolhemos o colégio de acordo com o que era mais importante para nós: que fosse acolhedor, que envolvesse os pais, que tratasse as crianças como crianças e que funcionasse como uma família. Encontrámos. O Afonso adorou o período de adaptação e fez amigos rapidamente. <br />
A primeira semana de aulas foi, no entanto, difícil. Ele vinha altamente cansado e, sobretudo, vinha completamente baralhado com todas as novas variáveis que encontrou: menos tempo para brincar, mais regras, maior autonomia, meninos mais crescidos que às vezes fazem questão de mostrar que são mais crescidos, expressões novas (bué, ya, fosga-se,...), asneiras novas (estas vou passar), amigos que são amigos mas que são diferentes dos anteriores...<br />
Tive muita calma para o amparar nesta fase. E outras vezes houve em que não tive calma nenhuma e desatei aos gritos (percebem a questão do "em casa de ferreiro...."?).<br />
Depois dessa semana lá encaixou a nova rotina: os horários mais agressivos (deitar mais cedo e levantar mais cedo), os trabalhos de casa diários (uma estupidez, mas enfim...), o facto de ter menos tempo para brincar. <br />
Feitas as contas: nota máxima para o Afonso que conseguiu chegar ao final do 1º período a saber ler e escrever (deixou de haver montra ou letreiro que passe despercebido pela criança); fez amigos de verdade, alguns já especiais; teve excelentes notas e, por fim (e mais importante que tudo), gosta da escola e entra todos os dias (ou quase todos vá) bem disposto e satisfeito.<br />
Já a mãezinha... teve uma adaptação mais difícil: tem muitas saudades do colégio antigo (neste ainda não me sinto "em casa"), fez poucos amigos (tenho muitas saudades dos meus amigos do ano passado) e, embora esteja adaptada às rotinas novas, sente saudades das antigas (conversetas à entrada e saída do colégio, um cafézinho aqui, outro acolá). Feitas as contas: passei à rasquinha.<br />
R.<br />
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Para mim, o 1º período letivo foi um choque, do qual só recentemente recuperei.<br />
O meu filho, que além de ser condicional é muito imaturo, não foi ainda este ano para o 1º ano, mas mudou para uma escola nova, onde vai seguir para o básico. Saiu de um pequeno colégio familiar, onde estava desde os 9 meses, para uma escola pública enorme. Por isso não é difícil perceber o porquê do meu choque, que aliás se deu logo no segundo dia de aulas, quando tive um pequeno confronto com a professora da criança. Foi um mau começo que se alastrou por algumas semanas, até conseguirmos esclarecer tudo pessoalmente (o que foi difícil dada a pouca disponibilidade da professora).<br />
Mas agora, três meses volvidos desde o início desta nova aventura, posso dizer que o Papão da escola pública já não me mete medo. Percebi que, apesar da grande dimensão da escola, todas as crianças são conhecidas pelo seu nome, havendo carinho no trato por parte do pessoal. Não obstante alguma desorganização e falta de meios, tudo se faz, e a oferta educativa não deixa muito a desejar. Aprendi a aceitar o que não posso mudar e a confiar no que não conheço, acreditando que a diversidade de experiências e métodos só pode trazer benefícios para a autonomia e flexibilidade do meu filho.<br />
Quanto a este, está integrado desde o primeiro dia! Para ele todas as novidades foram boas. Gosta da escola gigante, do recreio dos crescidos, dos amigos, da professora e dos auxiliares. Apesar das muitas saudades dos "antigos" amigos , está mais esperto, desenvencilhado e, acima de tudo, está muito feliz. O que mais pode uma mãe pedir?<br />
N.<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-80344009250529177882016-01-14T14:26:00.000+00:002016-01-14T14:30:34.542+00:00Crescer Crescer é difícil, o que é uma chatice, uma vez que é algo que nos acontece do início ao fim da vida. Todos os dias somos obrigados a crescer, aprendendo coisas novas, encarando medos, ultrapassando dificuldades, reinventando-nos.<br />
Crescer é difícil quando somos pequenos e temos que aprender a linguagem dos adultos e mais ainda quando eles não entendem a nossa. Quando nos impingem regras e mais regras, em casa e na escola. Quando nos obrigam a experimentar coisas novas, sejam elas couves de Bruxelas ou um desporto.<br />
Crescer é difícil tendo de aprender desde cedo que nem todos os colegas são amigos, uns só querem os nossos cromos e outros gozam connosco porque usamos óculos ou aparelho nos dentes.<br />
Crescer é difícil quando só pensamos em ir curtir com os amigos e temos um manual inteiro para memorizar.<br />
Crescer é difícil quando temos de optar entre um curso que gostamos muito mas não tem saída profissional e um curso que não nos diz nada mas que tem empregabilidade.<br />
Crescer é difícil na escolha entre viajar ou ter filhos, casar ou apenas permanecer junto, adiando gastos... e sonhos.<br />
<br />
Crescer é difícil nas coisas mais rotineiras e também nas novidades. Quando acumulamos o cansaço do que já nos pesa há demasiado tempo e quando temos de improvisar uma maneira de tornar tudo mais leve ou, pelo menos, exequível. <br />
Crescer é difícil quando temos de gerir uma casa e um orçamento familiar, coordenar horários pessoais com profissionais, lembrar de descongelar jantar e não esquecer de preparar aquele contrato tão importante, utilizar a hora de almoço para ir ao supermercado e passar pela costureira antes de ir buscar as crianças à escola.<br />
Crescer é difícil quando temos de decidir entre marcar aquele fim-de-semana a dois, que estamos tanto a precisar, ou ficar para levar o filho à festa do melhor amigo. Quando temos de pesar a balança entre o casaco que andamos há meses a namorar e os ténis que o miúdo está mesmo a precisar.<br />
Crescer é difícil quando temos de abandonar a segurança do que nos é familiar e confortável e arriscar numa situação nova, começar do zero e sem garantias de sucesso.<br />
Crescer é difícil quando temos noites e noites de privação de sono por causa dos filhos e, ainda assim, temos de estar alertas e conscientes para as suas necessidades.<br />
Crescer é difícil quando olhamos para as fotografias do nosso bebé e nos apercebemos que já lá vão 6 anos, passados num abrir e fechar de olhos.<br />
Crescer é difícil quando aceitamos que precisamos de ajuda porque não conseguimos fazer mais do que já fazemos.<br />
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Crescer é difícil mas compensa. É uma vitória contra nós mesmos.<br />
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N. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmiMulaADuLktKaocgY-Q89Tn-TTtGQATGbbbiSkWgGO1nfo3RV8ya6xc1RolQ-anOdWRnolPVSQsMqPT68IuOegnkV1RsT1QQnypkmV2n7PSrJAXXq6mtjLSUYw0mdlr0Nceag5pM0ZbV/s1600/zFdAW4y.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmiMulaADuLktKaocgY-Q89Tn-TTtGQATGbbbiSkWgGO1nfo3RV8ya6xc1RolQ-anOdWRnolPVSQsMqPT68IuOegnkV1RsT1QQnypkmV2n7PSrJAXXq6mtjLSUYw0mdlr0Nceag5pM0ZbV/s640/zFdAW4y.png" width="640" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-58041428621670726352016-01-10T20:46:00.001+00:002016-01-11T09:33:49.942+00:00Fim de semana de caquinha!<div><br></div><div><br></div><div><br></div>Há aqueles dias em que acordamos com nuvens na cabeça. Aconteceu-me este fim‑de‑semana.<br>Vamos por pontos, para poderem escolher qual foi a nuvem maior:<br><br>- Na sexta à noite deito-me com uma dor de garganta que tinha o milagre da multiplicação e que fez o favor de estender a agonia a todo o corpo.<br>Acordo de madrugada com dores insuportáveis. <br>Tenho a peculiaridade de ficar maldisposta e de vomitar quando tenho dores, portanto poupo-vos aos pormenores porque já sabem o que aconteceu.<br><br>- Tive frio durante todo o dia. Andei de pijama, polar, cobertor e aquecimento central. O meu marido estava de t-shirt. Acho que ele deve estar doente mas só ao final da tarde é que percebo que estou com febre. Sou capaz de cheirar a febre dos meus filhos (literalmente) mas demoro 11 horas para perceber a minha. Smart girl!<br><br>- Vou de urgência para o Osteopata. Levo uma tareia de 2 horas. Diagnóstico: uma vértebra deslocada, um desnível de 5 mm na perna direita, o que significa que tenho de usar uma palmilha de compensação no pé direito (sexy, hein?!), o fígado está gordo (!!!) pelo que tenho de fazer um detox e, por fim, muita tensão e stresse acumulado.<br><br>- A dor insuportável nas costas passou (já só estou altamente dorida) mas a da garganta não.<br>Então no domingo de manhã vou às urgências. Diagnóstico: amigdalite muito avançada, quase a fazer um abcesso. Não vale a pena tomar antibiótico, vai ter mesmo de ser uma injeção de penicilina. Claro que sim!! (Digo eu, que da última vez que tomei uma fiquei com a perna presa e sem me conseguir sentar durante 2 dias). Não tive hipótese...rabo ao léu e pumba!<br>Desta vez correu bem (valha-me isso). Mas na quarta-feira há mais...<br><br>- Para rematar: o meu filho diz-me que viu uma imagem de um menino que parecia estar grávido, tinha um bebé na barriga. Explico-lhe prontamente que há países em guerra, que há meninos que passam fome...<br>Ele olha com um ar assustado para mim e diz-me: "mas mãe, o bebé estava fora da barriga do menino. Ele estava a segurá-lo em cima da sua barriga". Afinal ele tinha visto uma imagem fofinha e ternurenta. E eu espetei-lhe com a dura realidade do nosso mundo que é para ele abrir a pestana.<br>Nada melhor do que um pequeno trauma para acabar o fim‑de‑semana!<br><br><div>
E amanhã é segunda-feira!!! Yupiiiiii!!!!!</div><div><br></div><div>Rita</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-19456313501319470312015-12-18T11:18:00.000+00:002015-12-19T09:53:20.636+00:00Como sobreviver a todas as festas Natalícias?Se começaste a ler este texto à procura de uma resposta, lamento, mas vieste ao engano. Isto é, de facto, uma pergunta. Como é que se sobrevive a todas as festas de Natal das escolas dos filhos, jantares com amigos, almoços da empresa, lanches com amigos e reuniões familiares sem fim?!<br>
Não há agenda que aguente tanta marcação, nem dias com horas que cheguem! Sobretudo quando a todos estes eventos antecede o ter de cozinhar um petisco de Natal para partilhar, e uma ida às compras para arranjar um presente ou lembrança para todas as pessoas a quem gostamos ou "temos" de oferecer um presente.<br>
<br>
Eu cá não gosto da obrigação de oferecer. A partir de dia 1 de Dezembro não entro mais em shoppings, compras de supermercados só em lojas de rua, e prendas a comprar é numa das dezenas de Feiras e Mercados de Natal que proliferam nestas alturas.<br>
Adoro oferecer presentes, premeditando cuidadosamente o quê para quem. Os meus presentes trazem sempre uma mensagem clara sobre o que quero dizer a essa pessoa.<br>
Como se já não bastasse o Natal agora começar em Outubro, mesmo antes do São Martinho e do Dia das Bruxas, a urgência e a compulsão das compras de Natal deixam-me o já estafado espírito de Natal muito em baixo. De modo que todas estas festas Natalícias em causam uma enorme ansiedade, não quero falhar com ninguém com a minha presença e atenção, mas não sei mesmo como irei sobreviver a todo este stresse sem ter de me internar num spa após o Natal.<br>
É que, a ver pelo que ando a gastar com tudo isto, não vai sobrar um eurito para a tão desejada sessão de relax e detox pós festas...<br>
<br>
N.<br>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNHwvBvTbyQoyMq259NcK7Jom95CEGeK1hJvrrT2NuT-OnssM6TW87PS1-2faD4U-BvbX1tk5jsTaPto0RFAfF0XNUbOJ_Dih_M9uhkCrk045Gm9O2kfEC2GXjXUFH8xAWpP_5oqOU24Nt/s1600/h-CHRISTMAS-STRESS-960x540.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNHwvBvTbyQoyMq259NcK7Jom95CEGeK1hJvrrT2NuT-OnssM6TW87PS1-2faD4U-BvbX1tk5jsTaPto0RFAfF0XNUbOJ_Dih_M9uhkCrk045Gm9O2kfEC2GXjXUFH8xAWpP_5oqOU24Nt/s400/h-CHRISTMAS-STRESS-960x540.jpg" width="400"></a></div>
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<br>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-23548250328006873902015-12-11T14:34:00.002+00:002015-12-11T14:34:57.678+00:00Ai, os 6 anos!Ser mãe foi, para mim, uma luta, uma batalha que venci, pois hoje tenho-te a ti, minha sardanisca, (é assim que lhe digo, "és a minha sardanisca linda") .<br />Antes de ti, perdi uma gravidez gemelar. Foi extremamente duro mas hoje penso que existiu algo para aprender com a perda dos meus meninos.<br />Não deveria ser a hora certa, algo não estaria bem. Deus tinha outros planos para mim.<br />Por tudo isto e mais algumas coisas, o dia em que o teste de gravidez deu positivo foi um misto de loucura boa e pânico, simultaneamente.<br />Hoje tens 6 anos e cresces a olhos vistos. O tempo corre!<br />O esforço para te acompanhar no dia-a-dia e nada te faltar é brutal, mas faço tudo para que não o notes, nem sintas nenhuma diferença relativamente às outras crianças, por seres filha de pais separados. Só que, por vezes, sinto que falho, pois há respostas que me dás que são como um tiro no coração. Não ouves nada do que te digo, repito as coisas trezentas vezes... Será que não assimilas nada?! Onde estou a errar? O que devo fazer para que me ouças e faças simples tarefas?...<br />
<br />Há dias duros na maternidade. Nem tudo são rosas. Mesmo assim vale tanto a pena!<br />Vales qualquer ruga, qualquer cabelo branco, qualquer insónia.<br />Amo-te filha!<br />
<br />
Xana<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD90P5ZlajDoXvhZUvnBbT3U_0x-MuVZIsaW81LuRknAk0UpjOnf3cJQbDD6LFXE5qLJAaxgxJF9TfXNq3_f1ucGDdkKNe-DhxQjOiXV-lNOWokZ8JYLIw9TAgtcF7HD_h1gkduRrZteah/s1600/fotografia.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD90P5ZlajDoXvhZUvnBbT3U_0x-MuVZIsaW81LuRknAk0UpjOnf3cJQbDD6LFXE5qLJAaxgxJF9TfXNq3_f1ucGDdkKNe-DhxQjOiXV-lNOWokZ8JYLIw9TAgtcF7HD_h1gkduRrZteah/s320/fotografia.PNG" width="274" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-18829680197095413602015-12-10T10:00:00.000+00:002015-12-10T13:05:30.364+00:00Carta ao meu filhoHoje fazes 6 anos. Seis anos.<br />
Não sei como é que isto aconteceu, ainda no outro dia te estava a sonhar, imaginando como serias, e de repente já caminhas à minha frente, sem me querer dar a mão.<br />
Sinto que foi ontem que te acariciava na minha barriga, pensado se terias os olhos do azul índico onde foste concebido ou se seriam castanhos como os meus. Torcia para que nascesses com a paixão do teu pai pelo mar, para o acompanhares, e o meu amor pelos animais, para que eu me pudesse orgulhar.<br />
<br />
Num instante, já estavas cá fora e eras um bebé carequinha, lindo como aqueles de revista, e eu babava-me de cada vez que olhava para ti. Não me cansava de te contemplar e de sorrir para cada uma das tuas gracinhas, uma nova e deliciosa conquista a cada dia.<br />
Dei graças a Deus por cada etapa ultrapassada, sem cólicas, bronquiolites, escarlatinas nem piolhos. Acima de tudo, agradeci cada dia livre dos prognósticos que te fizeram à nascença.<br />
<br />
Depois começaste a rastejar, parecias um soldadinho em treinos militares, e antes de gatinhares já estavas em pé, correndo como um pinguim desequilibrado. Um dia, enquanto imitávamos os sons dos animais, gritaste "a bola!", e depois chamaste pelo "cãummmmmmm", e só tempos mais tarde tivemos o privilégio de te ouvir chamar por nós: "mamã", "papá", as palavras mais doces que tínhamos escutado. <br />
<br />
Uma escola e depois outra. As primeiras festinhas dos amigos, as festas da escola, tantas novidades! Educadores que viraram família e nos ensinaram a relaxar enquanto pais. Pessoas que assumiram a dura batalha de te dar sopas e de te fazer o desfralde quando a sanita ainda era um papão.<br />
<br />
Muitos passeios, várias viagens, a certeza que não negas a tua paternidade e que serás sempre um excelente companheiro de aventuras.<br />
E, afinal, não tens os olhos azuis do teu pai, nem castanhos como os meus. Tens os olhos verdes e sonhos só teus. Se os animais sempre foram a tua perdição, já o interesse pelo surfe tem demorado mais a chegar, mas aos poucos vais lá.<br />
Não sei se vais ser veterinário, astronauta ou carteiro. Ainda estás indeciso, é natural... O que eu sei é que, sejam quais forem as tuas ambições, tenhas 6, 16 ou 66 anos, a mãe vai sempre, sempre estar aqui para te ajudar a concretizá-las... Ainda que, pelo meio, tenha que te dar uns valentes puxões de orelhas.<br />
Pois, faz parte. Os ralhetes, as zangas, a frustração, tudo isso faz parte da árdua missão de educar, que uns dias nos deixa cansados e com a sensação de que estamos a fazer tudo mal, e noutros nos eleva a uns estado de quase levitação por um orgulho e amor transcendentes.<br />
<br />
Tu não tens sido um miúdo fácil ou se calhar eu é que sou uma mãe complicada, mas uma coisa sabes que é garantido: o meu amor por ti, faças o que fizeres.<br />
E é por isso que te perdoo de já ires fazer 6 anos, de teres dado corda à tua infância e a fazeres passar a mil à hora, quase sem me dar tempo de a aproveitar. Eu perdoo-te, mas não te largo. Sei que já não gostas de beijos à porta da escola, nem de abraços demorados, que te irritas de te tratar por "bebé", mas disso eu não abro mão. Temos pena, vingas-te na adolescência!<br />
<br />
<div>
Parabéns meus Amor!<br />
<br />
N.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-56442212427840455332015-11-27T11:05:00.001+00:002015-11-27T17:27:03.214+00:00Terapia de grupo (com bolinha vermelha)<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">Solteiras, casadas ou divorciadas, com relações mais ou menos apaixonadas, a verdade é que todas as mulheres precisam de um pouquinho de fantasia nas suas vidas para apimentar a sua sexualidade. </span><br>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
Isso mesmo, sexualidade. Porque a maternidade não nos deixa menos sensuais e sedutoras, nem tão pouco nos deve inibir de continuar a explorar a nossa sexualidade, ainda que em decibéis mais reduzidos para não acordar a criança que dorme no quarto ao lado. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
E foi por isso que, uma destas noites, demitindo-nos temporariamente dos nossos afazeres familiares, fintámos o sofá, demos um beijo de boa noite à malta lá de casa, e reunimo-nos em casa da Xana, para uma reunião feminina, regada a vinho e uma dose generosa de chocolates, para desinibir quaisquer tabus ou preconceitos.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
Chamámos a <a href="https://www.facebook.com/A-Maleta-Vermelha-by-Cl%C3%A1udia-Sousa-145532695509117/?fref=ts">Cláudia</a> e com ela a promessa de uma noite de grande risada e aprendizagem. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12.8px;">Como se de um espetáculo se tratasse, em jeito de s<i>tand up comedy</i> misturado com manual de instruções ao vivo, assistimos à apresentação de um conjunto de artigos, que se nos revelaram como um incrível mundo novo.</span></span><br><span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12.8px;">Cremes de corpo comestíveis com sabor a chocolate, morangos e champanhe ou maracujá, que nos torna irresistíveis para sermos beijadas infinitamente; velas que, uma vez derretidas, se derramam sobre o corpo, transformando-se em óleo de massagem, quente e perfumado; lubrificantes com sabor a mojito (uma piela à prova de grávidas ou lactantes); uma espuma crepitante de massagem, capaz de arrepiar os/as mais insensíveis, numa explosão tipo <i>Petazetas</i>; incensos com feromonas, para atrair os companheiros mais distraídos; vibradores com os mais variados e estranhos formatos, para diversos gostos e finalidades; chicotes para nos armarmos em dominadoras (e também para explorar outras sensibilidades), géis com efeito quente e frio, para intensificar o prazer; entre outras apetecíveis malandrices.</span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif;"><span style="font-size: 12.8px;"><br></span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<span style="font-size: 12.8px;">Só sei que estes brinquedos garantem, na pior das hipóteses, uma boa dose de diversão e experiências na cama (ou fora dela!) que ficarão, certamente, para a nossa história pessoal, na categoria "Eu já fui a uma Maleta Vermelha" - e adorei! </span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<span style="font-size: 12.8px;"><br></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
N.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjNc5ySj0AdAVz7YkHhmHgeDEa8lvRdhQzny-hvoGUQ3KVT22rQ6evVDlppgFURfNznika48WE2gdKwChBvwItVuA2OwcRyMQmpmVFqAY6-HnI4ai-eAgjU2ntFIONprK16bjqG0fGHP2r/s1600/12231433_10153094853766846_510492104_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjNc5ySj0AdAVz7YkHhmHgeDEa8lvRdhQzny-hvoGUQ3KVT22rQ6evVDlppgFURfNznika48WE2gdKwChBvwItVuA2OwcRyMQmpmVFqAY6-HnI4ai-eAgjU2ntFIONprK16bjqG0fGHP2r/s320/12231433_10153094853766846_510492104_n.jpg" width="320"></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<br></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px;">
<span style="font-size: 12.8px;"><br><br></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-47584079598531604232015-11-06T18:23:00.002+00:002015-11-06T18:28:43.254+00:00TGIF (thank God it's Friday!)Sempre tive uma vida social animada. Nunca fui muito de sair para discotecas mas, até engravidar, era rara a semana em que não tinha um jantar com amigos, em casa ou num restaurante da moda. Sendo os amigos a família que escolhemos, são uma parte muito importante da minha vida, e não foi o casamento ou a maternidade que mudaram a necessidade de estar com eles. Claro que os jantares e as saídas ficaram mais espaçadas e condicionadas aos horários da família, mas lá em casa fazemos por respeitar a individualidade de cada um, e isso significa que, à parte dos momentos familiares e em casal, cada um tem o seu tempo para o desporto, para ir ter com os amigos, ou para estar simplesmente sozinho.<br />
Não é fácil conjugar horários mas faz-se por uma questão de sanidade mental. E, para mim, é imperativo uma vez por semana estar com as minhas amigas, seja num pequeno-almoço apressado na cafetaria que fica entre as escolas dos miúdos, num lanche caseiro ao Domingo, num café em modo de fuga de uma ensurdecedora festa infantil, ou num jantar com direito a teatro ao Sábado à noite. Isto é a minha terapia, as gargalhadas que soltamos juntas são o meu anti-depressivo.<br />
Falar dos disparates dos miúdos, cascar nos maridos, gozar com as nossas próprias figuras ou simplesmente jogar conversa fora, naqueles assuntos que só<em> gajas</em> entendem. Não há melhor forma de aliviar o stresse do dia-a-dia que dividir com as pessoas com quem nos identificamos as nossas aventuras e desventuras.<br />
<br />
Mas à quinta-feira o meu foco já só está no momento em que na sexta à noite chego a casa, visto logo o pijama e como um frango ou pizza de<em> take away</em> mesmo no sofá, onde nos refastelamos de seguida, bem aninhados uns nos outros até adormecer (o que geralmente acontece 10 minutos depois).<br />
De modo que quando me convidam para uma saída sexta-feira à noite a minha primeira reação é "Não". E a segunda é "não vai acontecer, não contem comigo". E, se na insistência ainda me tentam convencer com argumentos como "vai ser giro, vamos a uma discoteca dançar", então isso é o mesmo que oferecer-me uma viagem de metro à hora de ponta, como disse a minha amiga Rita, numa conversa a propósito disto de sair à noite.<br />
Mas pronto, depois lá desço do chinelo de mãe acabada, coloco o vestido das saídas noturnas (que já cheira a bafio, tal é o tempo em que está arrumado) e enfio na mala a bolsa das pinturas para logo, após cinco cafés, me embonecar para ir jantar, tomar um copo e, qui çá, abanar o esqueleto agarrada às amigas que tão bem me fazem.<br />
<br />
(N)<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPNeNZCc2VhPlhbb4h4up2AJPMFz1TtE_FM2NPhd6L85SEqkO8TewSGi6Z6kN8AcVPmZ6fUwVyHJzw8G5FKV7o81gp9gB04JUksodDcqff5G1C7MBR262ZuyjQvTaHdPllZemGSzaEaH6f/s1600/1b13b34e9556fa06890af270099fe6b4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPNeNZCc2VhPlhbb4h4up2AJPMFz1TtE_FM2NPhd6L85SEqkO8TewSGi6Z6kN8AcVPmZ6fUwVyHJzw8G5FKV7o81gp9gB04JUksodDcqff5G1C7MBR262ZuyjQvTaHdPllZemGSzaEaH6f/s320/1b13b34e9556fa06890af270099fe6b4.jpg" width="319" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-56652656681653726062015-11-01T01:00:00.001+00:002015-11-01T01:00:02.312+00:00Não gosto que os meus filhos façam anos.<span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Sou a pessoa mais lamechas que conheço: no dia seguinte ao casamento fiquei triste...porque tudo o que envolveu e antecedeu aquele dia foi tão único e intenso que sabia não vir a repetir.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Aconteceu-me mais ou menos a mesma coisa quando fiquei grávida e depois quando tive o primeiro filho.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">E acontece-me em muitas outras coisas e momentos da minha vida.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Sou apegada a coisas, a momentos e às minhas pessoas.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Lembro-me com saudades (tantas saudades) de quando eles eram pequeninos. De quando cabiam inteirinhos no meu colo. De quando me davam beijocas sem vergonhas.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">E apetece-me que o tempo volte atrás. Ou que pare agora e não avance mais.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">O tempo voa. Passa num ápice. E eu fico meia desorientada. Acho que não o consigo acompanhar. Faço mil planos para o futuro mas vivo muito presa ao passado e às memórias que ficaram.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Amanhã o Afonso faz 6 anos. Vou ficar muito feliz por ele já ser um homenzinho, por ver que tem tantos amigos, por estar feliz, por estar comigo. </span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">E vou chorar de saudades pelo meu bebé. Pelos caracóis desgrenhados que deram lugar a um cabelo arranjadinho, pelo jeitinho doce com que se aninhava no meu colo e pela forma subtil com que à noite se esgueirava para a minha cama.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">E vou agarrá-lo com força. Várias vezes. Vou dar-lhe beijos. Aos montes. Vou dar-lhe colo. Mesmo com ele a espernear para sair.</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">E vou dizer-lhe que o amo até ao infinito...e muito mais além!</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Parabéns filho!!!</span><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" /><span style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;">Rita</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOEq2EX6EqGBN_Vo_IbZlEkn4Pu99YyuU3QL4LLvZvnltinn0DqXk7DiwOjrL9RbsEpA1Yo6TFEIBm9wazdNyQRlkyr1D7uR4j-zsKjO9idoLaMveUpP2cKMPm6qQ2t_A66_5qyEq4EWtZ/s1600/9129999a98c9003890b8c597aaafe6c7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOEq2EX6EqGBN_Vo_IbZlEkn4Pu99YyuU3QL4LLvZvnltinn0DqXk7DiwOjrL9RbsEpA1Yo6TFEIBm9wazdNyQRlkyr1D7uR4j-zsKjO9idoLaMveUpP2cKMPm6qQ2t_A66_5qyEq4EWtZ/s320/9129999a98c9003890b8c597aaafe6c7.jpg" width="320" /></a></div>
<br style="font-family: Helvetica; font-size: 14px;" />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-56885524191874612462015-10-27T17:39:00.000+00:002015-10-27T17:51:36.002+00:00Déjà vuEste fim-de-semana fui tia. Seguindo a tradição da família, o meu sobrinho decidiu apresentar-se ao mundo com oito semanas de antecedência. Mãe e filho estão bem, ainda que ambos a recomporem-se do choque e a adaptarem-se a este cenário tão anti-natural.<br />
<br />
Nesta altura, a mãe devia estar com o bebé nos braços, a amamentá-lo... Os dois travando mútuo conhecimento do cheirinho e formas de cada um. Ao invés, ela está num quarto de hospital longe do filho, que ainda se encontra a crescer na incubadora, sem lhe conhecer o choro nem o olhar, sem saber o que lhe está a acontecer, sem lhe poder vigiar o sono e perdendo toda aquela magia do primeiro toque. Ao invés, é espremida a cada duas horas para ver se já tem leite. Ao invés, está deitada, mal se conseguindo mexer, porque se sente como se um camião lhe tivesse passado por cima.<br />
Assim, de repente, foi-se o "brilho" da gravidez e a luz de ser o foco das atenções. Agora, todas as perguntas se centram no bebé e ninguém parece querer saber da mãe oleosa, pálida e com olhar tristonho, que nem sequer parece feliz com o nascimento do filho que mal viu. <br />
<br />
Por ter passado pelo mesmo, foi para mim que minha cunhada ligou quando lhe romperam as águas. Fui eu que tive a missão de lhe dizer que, no meio daquele pesadelo, depois de todo o inevitável sofrimento, tudo ia correr bem e valer muito a pena.<br />
Na manhã após o parto, levei-lhe <i>blush</i> e perfume para que ela se sentisse mais bonita quando fosse conhecer o filho, lembrando-me do bem que me senti quando, na mesma situação, tive a minha mãe a arranjar-me as sobrancelhas após dez dias de internamento. Futilidade, poderão alguns pensar. Mas não.<br />
<br />
Para quem ainda pensa que cesariana é coisa para mulheres fracas, fiquem sabendo que ter a pele e os órgãos cortados, gente a remexer-nos nas entranhas, espremendo e puxando a placenta, puxando-nos consecutivamente a barriga de um lado para o outro de forma a conseguir retirar a criança lá de dentro não é uma sensação propriamente agradável. Tal como não é estarmos duas ou três semanas a uivar por causa da dor na sutura, de cada vez que nos erguemos (que é, basicamente, a toda a hora). Sim, a cesariana é dolorosa e o tempo de recuperação torna complicado cuidar de um bebé, quanto mais de nós mesmas. Por isso, não é futilidade apreciarmos que nos arranjem as sobrancelhas, coloquem um pouco de <i>blush</i> e nos penteiem o cabelo emaranhado num nó em forma de touca, para que nos sintamos um pouco melhor.<br />
<br />
Que bem sabe ter quem nos pergunte como estamos, sem querer apenas escrutinar os pormenores do parto, e nos acarinhe com beijos e festinhas, por oposição ao constante pica aqui, apalpa ali, vira para acolá, arranca daí, que médicos e enfermeiros nos fazem, como se o nosso corpo não tivesse dono.<br />
E agora começa a saga das perguntas, em forma de acusação, sobre a amamentação... Se o fazes ou não e porque não, ou porque não tentas mais, e vais acabar por conseguir, até vais gostar, e tudo pelos nossos filhos, ou queres ver que tu não és uma dessas mães altruístas que fazem tudo pelo bem do teu filho, incluindo forçar a produção de leite que o teu corpo não faz?!<br />
<br />
Todas as mulheres, mães ou não, têm uma opinião, e nem todas a sabem guardar sabiamente para elas. Esquecem-se que quem manda no nosso corpo e vontade, assim que temos alta do hospital, somos nós e isso dá-nos o direito e o dever de assumir as melhores escolhas (incluindo as que nos são impostas pela natureza). E que ninguém duvide que o faremos.<br />
<br />
Por isso, minha querida A., ainda que hoje tudo te pareça um injusto castigo, um dia vais perceber que não foi mais que uma lição que tu precisavas de aprender para descobrires em ti a força que desconhecias ter.<br />
Está tudo a correr tudo bem. E nunca te esqueças: os milagres acontecem! ;)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-39161357978221039542015-10-21T13:35:00.001+01:002015-10-21T13:35:41.677+01:00Crescer dóiE, assim, do nada, a cria já frequenta o 1º ano do ensino básico há precisamente um mês.<br />Os primeiros tempos têm sido de adaptação constante a tudo e a todos. Muitas rotinas novas, horários<br />diferentes e, especialmente, pessoas diferentes.<br />O processo parecia relativamente fácil. Foi para um nova escola com o grande amigo Afonso, o que ajudou imenso. <br />Nos primeiros dias, arranjou uma nova amiga, a Vera. Esta e o Afonso foram, são, os seus pontos de abrigo. <br />O mês ia decorrendo e tinha necessidade emocional de acompanhar cada passo dela. Perceber como se estava a encaixar neste novo mundo. Tudo corria bem. Com algumas queixas de novas colegas….Mas, desvalorizando a questão e tentando sempre que a minha filha as resolvesse, pois pareciam-me menores.<br /><br />Só que, de há uns dias para cá, todas as manhãs, dizia que não queria ir para a escola. No corredor, agarrava se à minha perna. Notava que não estava confortável. Havia ali algo...<br />Falava com ela, perguntava e nada lhe saía. “Tudo bem mamã, tudo bem só tenho é imensas saudades<br />tuas durante o dia. Só isso”, respondia.<br />Hum, por muito que a afirmação me aquecesse o coração… Havia algo mais.<br />No jantar, disse-me que chegou atrasada à sala de aula, depois do recreio. Como? Não ouviste o sino? <br />Cara de assustada. Calma bebé (sim será sempre a minha bebé com 40cm e menos de 1500kg quando nasceu… Outra história para depois). Não tocou, explicou a cria. Pronto são coisas que acontecem. “Não ouviste ninguém chamar?”. Também não.<br />E, num choro compulsivo, agarra-se a mim e diz que não quer ir para a escola.<br />
“Alguém te ralhou por isso, bateu, chamou nomes? A fera que há em mim entrou em alerta, subiu ao <br />monte do Evereste só para a socorrer. Ai, tive vontade de pegar no carro e dirigir-me ao colégio. Bater em alguém. <br />No meu colinho, contou-me que a C. não era amiga dela, que algumas meninas ainda não brincavam<br />com ela, que isto, que aquilo. Afinal, a mudança foi mais dura do que parecia. A Nês vem de uma redoma, não sabe ainda lidar com a maior parte das questões que envolvem o crescimento, a mudança <br />Questões essas até muito simples, práticas. Não sabe lidar com a frustração, com a rejeição...<br />
No infantário, extremamente familiar, todos eram amigos e não havia distinções ou conflitos. Era tudo tão perfeito (seja lá o que isso quer dizer, mas para a minha filha e a sua hipersensibilidade funcionava).<br />
<br />A Nês saiu da redoma. E, agora, vai de, alguma forma, crescer um pouco mais depressa. Da redoma para o mundo. E tem sido um mundo novo, consideravelmente fácil para mim, que sou crescida. Não para ela. <br />Crescer dói... Filha ,crescer dói!<br />Faço-te uma simples promessa….Eu estarei sempre na retaguarda, à tua esquerda, à direita, atrás e à frente para te minimizar a dor. <br /><br />Xana<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmX_k5emoQC5OosJcRzx2B3pxkNkYQBN7C-g2YR7XiIAAbKMMKm5SBJd1Y64xu4sNV6ad9qhA-JWlc41iiIOLO4QEmFKwUeIBj8BvV3x5v_x7hyd7Ydf43E7RTyZ8ofrP2iOPe5eF_kuyE/s1600/foto+peter+pan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmX_k5emoQC5OosJcRzx2B3pxkNkYQBN7C-g2YR7XiIAAbKMMKm5SBJd1Y64xu4sNV6ad9qhA-JWlc41iiIOLO4QEmFKwUeIBj8BvV3x5v_x7hyd7Ydf43E7RTyZ8ofrP2iOPe5eF_kuyE/s320/foto+peter+pan.jpg" width="320" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-43344318890760726562015-10-21T10:57:00.000+01:002015-10-21T10:57:15.736+01:00O amor não tem tamanho nem corO meu filhote, que sempre foi fiel às suas duas namoradas (era uma relação publicamente aberta entre o trio amoroso), aquando da saída da antiga escola disse que não queria saber mais de raparigas. Até conhecer a Íris... a Íris que, além de ser gira e ter o cabelo curto, gosta de Invizimals e de Pokémons!<br />
<br />
Esta mãe, que é uma cusca, achou que tinha o direito de saber quem é a miúda fixe que roubou o coração ao seu príncipe, e vai de começar a olhar para os cabelos das miúdas e fazer perguntas a ver se descobre quem é a Cinderela. Ontem achei que tinha desvendado o mistério, e avancei para uma pequenita (que bom, finalmente o meu filho escolheu uma menina do seu tamanho!) a perguntar se ela era a famosa Íris. Não era. "A Íris é uma menina cor de chocolate, muito alta", disse-me ela. <br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><br /></span><br />
<div>
<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Ainda não descobri quem é, mas em casa perguntei ao meu filhote porque é que ele não me tinha dito que a Íris é "cor de chocolate".</span><br />
<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">"Mas que diferença isso faz?", respondeu-me ele. E o meu coração sorriu.</span><br />
Nenhuma. A cor não faz diferença nenhuma. A tua resposta sim. Lembrou-me logo da música "Cupido" dos Expensive Soul: <br />
<br />
"É infinito,<br />
Não tem tamanho nem cor,<br />
Até acredito<br />
Que talvez possa ser o amor"<br />
<br />
N.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-41947204933774437972015-10-15T16:31:00.000+01:002015-10-15T16:41:01.724+01:00Bullying aos 6 anos? Sim, existe. No dia em que a minha filha se mudou para a nova escola ia nervosa e cheia de medo. Desde os 2 anos que estava num colégio pequeno, que funcionava como uma segunda família, onde desde a cozinheira às diretoras, toda a gente sabia o nome dela e conhecia a sua timidez perante crianças, e extroversão num mundo de adultos, talvez motivadas por ser filha única, a mais pequena no universo familiar, no qual uns já tiveram filhos há muito, e outros ainda não os começaram a ter. Durante quatro anos, foi feliz ali e eu tinha a certeza de que todos olhavam por ela e intervinham se necessário.<br />
<br />
A mudança para outra escola foi assunto debatido até à exaustão. Pública ou privada, pequena ou grande, como seria a nova escola e o 1º ciclo? Como é que ela iria sobreviver quando fosse “atirada aos lobos”, porque até, então, vivia numa redoma. A opção recaiu numa escola privada de renome, com provas dadas, turmas pequenas, matriz cristã, ensino abrangente. Quem lá andou, ficou com as melhores recordações, uns até com amigos para a vida. Uma antiga colega do jardim de infância tinha entrado no ano anterior e as referências eram excelentes. Achei que era ali que podia crescer, desde a primeira vez que a fui visitar, e ficou.<br />
No primeiro dia, ia formosa e não segura, mas saiu aliviada. “Já não estou nervosa. Gostei da nova escola”, disse-me quando se sentou na cadeira do carro. E, de repente, as lágrimas teimavam em cair dos meus olhos, num misto de felicidade e alívio. Mas nada disto durou muito tempo. As lágrimas de alegria são, hoje, de profunda tristeza, angústia. Sinto-me perdida e sem saber exatamente o que fazer, mas com a certeza de que vou agir e rápido. <br />
Está tudo a correr bem com as disciplinas. Adora aprender, tem enorme facilidade em fazê-lo, é uma verdadeira “esponjinha” observadora, opinativa e expressiva. Herança genética. <br />
Também não tem nada que a distinga fisicamente dos outros. Magra, estatura média, gira (pronto, eu sou a mãe e, portanto, suspeita). Mas é frágil. A timidez leva-a sempre a baixar os olhos para se resguardar, e a ficar sozinha quando não se sente à vontade. Nunca se queixa. Nada que já não soubesse. Por isso, fiz questão de avisar a professora e uma das psicólogas do colégio logo quando entrou. Estariam atentas, mas o processo de mudança estava a correr muito bem, asseguraram. Até se dar o embate com a líder das raparigas da turma. São seis meninas para dez rapazes, poucas para poder haver escolha. Nesta altura, a segmentação por sexo é notória e não tem muitas colegas pelas quais possa optar. Na realidade, nem se identifica com nenhuma. Gosta, sim, das colegas da outra turma para a qual não ma deixaram transferir quando as aulas ainda estavam no início, apesar dos meus apelos e das vagas notórias.<br />
Mas voltemos à pequena <em>bulldozer</em>. Nos primeiros dias de aulas, a C. destacou-se logo pela sua simpatia. Deu com o casaco em cima da minha filha, com tal delicadeza que ela chegou com ferida na cara e nariz. Desvalorizei. Todas as crianças passam por estas fases e a menina tinha uma notória necessidade de marcar terreno. Iria passar, julguei, até porque tinha escolhido outros alvos para expandir a sua energia exagerada. Porém, os episódios foram-se repetindo. Idiota, parva e brincadeiras com o nome são só meros e suaves exemplos do que esta criatura loira e abrutalhada já disse à minha pequena criatura, em apenas um mês e pouco. Também lhe tentou “roubar” a amiga que a L. fez na outra sala e está sempre a incitar as outras a gozarem. Um verdadeiro primor de educação. <br />
O requinte é tal que ela sabe exatamente quando o pode fazer: sempre que não há adultos por <br />
perto, ou seja, quando a professora sai da sala por algum motivo, no recreio sem que as auxiliares vejam, no refeitório quando não há adultos por perto.<br />
A minha filha está farta. Sente-se gozada e humilhada e di-lo a mim com todas as letras. Revela enorme ansiedade traduzida na borracha e lápis todos roídos, quase comidos, na forma como só fala na colega durante horas e range os dentes a dormir de segunda a sexta. Eu, mãe assumidamente galinha e protetora da sua cria, tive várias vezes para agarrar no braço da “doce menina” e sussurrar-lhe que se volta a fazer mal à minha filha vai ter de conversar comigo. Não sou para brincadeiras e ela vai perceber isso.<br />
A C. tem 6 anos e desafia todos os limites. Até a forma como olha para nós, pais, é a de quem está disposta a comprar uma guerra. Nessa altura, inspiro, expiro e quase piro, mas faço o politicamente correto: falo com a professora, uma, duas, três vezes. As conversas entre elas claramente não surtem efeito, por mais que me digam que prometeu não voltar a fazer. Na verdade, no dia seguinte, tudo se passa da mesma forma.<br />
<br />
Segue-se reunião esta semana. Não serei branda, não deixarei que magoem a minha menina, a pequena rufia não ficará impune. É tudo o que consigo dizer, depois de ter perdido conta das vezes que chorei nos últimos tempos, do quanto me revoltei. Tenho medo, tanto como a minha filha, mas estou cá para lutar por ela e fazê-la lutar pelos seus próprios meios. A C. não ficará impune. Não pode.<br />
E, sim, isto passa-se, num escola privada com pergaminhos, onde todos se julgam de uma certa elite. <br />
<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgABCKPRHiuh5IxvkSFrPYJ1jok75GfqbGAF1oT6MuIoqPrUmcBFqS45_PkJik3CcrKh0wrjXcx4_2HHa2ZYQELE9yyPFwRIB5EsidAyWmVrTfmIG8Ct7EgxMSbOanNJfGGlIcaieekfB6i/s1600/737e1f40f6499f90cf98e8ef5c66abe9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgABCKPRHiuh5IxvkSFrPYJ1jok75GfqbGAF1oT6MuIoqPrUmcBFqS45_PkJik3CcrKh0wrjXcx4_2HHa2ZYQELE9yyPFwRIB5EsidAyWmVrTfmIG8Ct7EgxMSbOanNJfGGlIcaieekfB6i/s1600/737e1f40f6499f90cf98e8ef5c66abe9.jpg" /></a></div>
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Carla</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-45057038946472846842015-10-12T13:05:00.001+01:002015-10-12T17:34:26.500+01:00Prefiro um bom divórcio a um mau casamentoHoje celebro (sim, celebro) 3 anos de divórcio.<br />
Faz exactamente 3 anos que assinei a decisão mais fácil e, simultaneamente, mais difícil da minha existência.<br />
Mas como é que cheguei a este ponto, se até nos dávamos bem, no meio de tudo?!<br />
Bem, primeiro, tenho a dizer que sei que foi a melhor decisão tomada, se dúvidas houvesse.<br />
Cheguei triste àquela sala fria e muito formal, numa conservatória da Grande Lisboa, mas ia segura e com a certeza que era, de facto, o que queria.<br />
<br />
Foi há 3 anos que me olhei no espelho, com olhos de ver. Perguntava-me como é que aquilo me tinha acontecido. Tinha uma vida boa, uma sólida estrutura familiar e nada me faltava. Mas não era feliz dentro das minhas quatro paredes. Ou melhor, era feliz, mas não da maneira que sempre sonhara. Sim, o sonho de menina, no castelo, o rei e a rainha a viverem felizes para sempre, com as crianças alegres, de um lado para o outro.<br />
Só que o que vi foi diferente. Era uma amizade que existia, um companheirismo saudável, uma boa relação de papás.<br />
O espelho dizia-me (como na história da Branca de Neve ) que tinha direito a mais. Mereço mais. Quero mais. Quero amar!<br />
O anjo e o diabinho no meu cérebro disputavam sentenças. Dizia-me o diabinho e a minha cria "Tens de ficar no casamento, aguenta. Qual é o stress? Tanta gente que vive assim. És apenas mais uma..."<br />
"Não", dizia o anjinho, "Não tens de lhe dar mais. Tens de estar em paz e transmitir a verdade, sempre a verdade, pois mais cedo ou mais tarde vais-te cansar, vais descompensar e aí sim, vem a tempestade. E quem vai sofrer? A cria. Sofrem sempre as crias".<br />
Mais vale um bom divórcio a um mau casamento. Atua, todos beneficiam.<br />
<br />
Quero criar a minha filha com toda a serenidade possível, quero que ela sabia o poder do amor. E o amor é transversal. Quero que ela entenda que amo o pai dela, mas de outra maneira.<br />
Não, fingimentos não. Ela irá saber que o amor é muito mais.<br />
<br />
E foi assim que iniciei a jornada para me separar. Se foi fácil? Hmmm... Isso ficará para outro post!<br />
<br />
Xana<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiztttWkRK5uColHpPm_97Wwn6FAOzADELy6s-TXnOwdFVEBRdn-TqfpWTdbtyJhdakxQDsCSyFwSpzSQC71B3y0MVL0-cW5hxUpmi7qTIjg7VhBxcBZCToAE2K1nZ9Gc33zMcLuoBplNNl/s1600/IMG_3245.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiztttWkRK5uColHpPm_97Wwn6FAOzADELy6s-TXnOwdFVEBRdn-TqfpWTdbtyJhdakxQDsCSyFwSpzSQC71B3y0MVL0-cW5hxUpmi7qTIjg7VhBxcBZCToAE2K1nZ9Gc33zMcLuoBplNNl/s320/IMG_3245.JPG" width="300" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-50953662937371423932015-10-09T16:14:00.001+01:002015-10-09T17:55:29.010+01:00Como dar cabo da reputação de uma criança em 3 temposO Afonso mudou de escola e entrou no 1º ciclo.<br />O meu lado histérico previu dificuldades. Como tal, o meu lado obsessivo (estou carregadinha de características positivas) tratou de fazer tudo com pézinhos de lã. <br />Tivemos reunião com a diretora e com a Coordenadora (2 vezes); visitamos a escola antes das aulas começarem (3 vezes); colocámos as crianças em adaptação à escola uma semana antes do início do ano letivo; reunimo-nos com a professora (que escolhemos, por empatia) e fizemos um esforço para conhecer e interagir com as crianças da sala, para ajudar o Afonso na relação.<br />O esforço foi compensado e correu tudo bem. Missão cumprida!<br />Podemos respirar fundo! <br /><br />E então, na hora do lanche, o meu filho abre a lancheira e tira lá de dentro uma caixa cor de rosa cheia de brilhantes e com não uma, nem duas, mas três princesas da Disney!<br /><br />Aguenta filho! O 1º ciclo são só 4 anos e depois há toda uma vida nova pela frente!<br /><br />(Rita)<div>
<br /></div>
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<div>
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-20465071710614900432015-10-08T12:22:00.000+01:002015-10-21T10:56:47.230+01:008 e 80<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
A internet está cheia de maravilhosos textos sobre a
maternidade que vendem o conceito de ser mãe como algo de inexplicavelmente
mágico e gratificante. Quanto ao tema, eu nada consigo acrescentar porque ser
mãe é, de facto, tudo isso. Mas não só. </div>
<div class="MsoNormal">
O que a maioria dos textos não fala e a maior parte das mães
não expõe é que a maternidade nos torna um pouco bipolares.</div>
<div class="MsoNormal">
Já se sabe que, na gravidez, parte significativa dos nossos
neurónios migram sabe-se lá para onde (esperemos que seja para o bebé), e
ficamos meias "lerdas", com uma lentidão de raciocínio e reação que
nem nos reconhecemos.</div>
<div class="MsoNormal">
Depois, com o nascimento dos nossos filhos, os neurónios
demoram a regressar (e nunca em igual número relativamente aos que partiram) e
penso que seja aí que ocorre o fenómeno que eu chamo 8 e 80.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tudo começa ainda no berço quando, à noite, o bebé te acorda
de três em três horas para mamar, e tu, enquanto lutas para abrir os olhos
e te levantares, amaldiçoas o dia em que quiseste ter filhos. Dois segundos a
seguir, estás de ar embevecido, a olhar para a melhor decisão da tua vida com
um amor imenso a brotar-te do peito.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais tarde, é com a alimentação. Num momento estás
empolgada, porque o teu filho vai começar, finalmente, a comer sólidos, e no
outro estás toda encharcada em sopa e desesperada porque o o raio do miúdo não
ingere uma única colher e já antevês tempos difíceis.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ou quando, já com a cria na creche, estás ansiosa a contar
os segundos para a ir buscar, vais a abrir pelo trânsito, chegas esbaforida,
mas feliz à escola para a abraçar e matar as imensas saudades e a criatura
quase que te ignora, preferindo continuar a brincar do que ir contigo para casa
enterrar-se no teu esfomeado abraço.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E as vezes em que ralhaste severamente com o miúdo porque,
mais uma vez, ele não arrumou o quarto, deixou tudo de pantanas depois de lhe
teres dito umas 30 vezes para arrumar aquela confusão. Ainda estás tu com o
ritmo cardíaco acelerado de te teres irritado e, logo a seguir encontras,
perdido no meio da tralha, um desenho que ele fez sobre ti, toda envolta em
corações e arco-íris. E o coração quase pára.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ainda ontem tive de castigar o meu filho, porque agora à
hora do jantar, dá-lhe sempre para fazer uma mise en scène em que se
finge quase adormecido à mesa (quando há um minuto estava aos pulos no sofá) a
ver se se escapa ao prato da refeição. Disse-lhe "muito bem, tens sono
então vais já para a tua cama dormir. Não precisas de comer mais, lavas os
dentes e deitas-te. Mas, claro, que hoje não brincamos nem há história".
E, então, começa uma enorme birra, na qual eu também entro, serenamente firme
na minha decisão. Ele chora compulsivamente, pois quer a história e eu
permaneço irredutível, mas com o coração a latejar de dor. E assim que ele
adormeceu, ainda de lágrimas no rosto, chorei também.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É assim, do 8 ou 80. Num minuto estás fula da vida com a tua
criança e, no seguinte, estás de coração derretido por ela. Ou o contrário, num
momento estás a transbordar de um amor que quase te sufoca, e imediatamente
depois sentes-te despedaçada com algum gesto mais ingrato. </div>
<div class="MsoNormal">
Nestas oscilações, o nosso pobre coração de mãe fica,
obviamente, meio esquizofrénico, não há hipótese... O que vale é que o Amor
(quase) tudo cura. Isso ou Valium.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
N.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Dizia que a mãe prendia-a com uma trela, juntamente com os irmãos, de modo a que eles estivessem sossegados.<br />
Não fosse já isto motivo suficiente para algum choque, o pior foi quando ouvi a senhora dizer que tudo isto era normal e que, afinal, ela não tinha morrido por causa disso.<br />
<br />
E passam-me tantas coisinhas pela cabeça neste momento:<br />
<br />
- A senhora da trela queria que os miúdos estivesses sossegados ou era ela que não queria fazer nenhum?! Do tipo...levar com seres pequeninos que guincham e que não param quietos porque sofrem de uma doença que se chama infância e sobre a qual somos totalmente responsáveis porque somos mães;<br />
<br />
- Quanto à justificação "não morri por causa disso" que fica sempre bem a quem não tem um argumento mais válido do que o "porque sim", tenho a dizer que uma vez tive uma unha do pé encravada e também não morri por causa disso. Mas dói que se farta, não me apetece repetir. <br />
E houve outra vez em que bebi um copo de leite azedo (só dei por isso no fim...foi alarvice, eu sei) e também não morri por causa isso. Mas se tudo correr bem não volta a acontecer.<br />
<br />
Devo dizer ainda acerca das trelas que não gosto de as ver em crianças. Primeiro porque visualmente parece que aquela situação por si só está a diminuir a criança na sua essência: os miúdos são para estar a saltar, a rodar, a subir a cada poste que encontram ao longo do passeio (e raio...tantos postes que encontramos em 100 metros).<br />
Depois, porque acho perigoso. Afinal, se uma criança se habituar a andar com trela não vai aprender a respeitar ela própria as regras de segurança quando anda na rua (há que saber andar nos limites do passeio, não atravessar a estrada sem antes dar a mão aos pais, saber que é na passadeira que se atravessa,..., e tudo isto sem precisar ser empurrado e puxado por uma trela).<br />
Educar dá trabalho que se farta...mas é assim!<br />
<br />
Portanto, a menos que a criança tenha alguma perturbação específica do comportamento (que justifique ter de estar permanentemente sob controlo) não estou de acordo.<br />
<br />
E senhora que estava sentada ao meu lado: não repita a proeza com os seus filhos, sim?!<br />
Na dúvida...adote um cão!<br />
<br />
<br />
Rita<br />
<br />
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<br />
<br />
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11543043630513482055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4018531224859666062.post-14304722153987614092015-10-01T14:47:00.000+01:002015-10-01T14:47:52.035+01:00Tirem-me os espelhos da frente e não me digam nada se faz favor!Não costumo olhar muito para o espelho. Tenho tamanho de amostra, nunca fui gorda e não sei o que são dietas. Depois de ter as crianças até precisei delas (não fossem os 9 meses terem dado um bónus de 18kg. Sim...era uma pequena lontra)... mas elas, ao que parece, não precisaram de mim e achei que era melhor deixar estar (os quilos a mais entretanto decidiram ir chatear outra).<br />
<br />
Bom. O que interessa é que me caiu uma maçã em cima da cabeça e descobri a gravidade. Na verdade, não foi uma maçã que caiu...<br />Sou eu que já não estou a ir para nova, parece que a idade sobe e tudo o resto desce.<br />Digo para o meu marido: "olha bem para mim, tu já viste como é que estou?!". Ele responde "Estás bem. Estás até com um ar mais natural!". <br />(Entretanto, à pala disto, pedi o divórcio mas deixo os pormenores para outro post).<br />
<br />Ontem ligaram-me de um ginásio para sugerir que me inscrevesse (maldito telemarketing). Foi um presságio, raios!<br />Mandei-os dar uma curva mas, se calhar, tenho que pensar melhor na minha decisão.<br />
<br />A idade é tramada (a palavra que me veio à cabeça não foi bem esta).<br /><br /><br />Rita<br />
<br />
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