23/04/2016

Respirar à grande e à francesa

Nesta Páscoa fomos à Disneyland Paris. E quando digo fomos, falo mesmo num plural que inclui 3 das autoras deste blog.
Bem, na realidade acabámos por não ir as 3, uma vez que, na véspera, a X. cancelou a viagem.
Um bombista suicida resolveu explodir o aeroporto de Bruxelas semeando, uma vez mais, o pânico e o medo para quem viaja pelo centro da Europa. A X., que ia só com a filha, não se sentiu confortável em deixar cá o pai da cria ansioso com esta situação, então optou por não ir.
A R. e eu arriscámos, mas tivemos que dar muitas explicações aos nossos filhos, para o facto de haver tanta polícia armada até aos olhos à saída do aeroporto, e por termos de ser todos revistados à entrada dos Parques. Não foi fácil transmitir os acontecimentos da véspera aos pequenos e ainda menos fingir que aquilo não nos preocupava e que, no mundo da fantasia, estaríamos seguros.
Na realidade até estávamos, ou pelo menos foi assim que nos sentimos, tendo em conta o que vimos (e o que não vimos). Só para terem uma ideia, a R. deixou o carrinho de bebé da filha parado à porta de uma loja por 15 minutos e quando voltou ele já não estava lá. Contrariamente ao que inicialmente pensou, o carinho não tinha sido roubado, estava intacto mas com os segurança do parque que não permitem que item nenhum fique "abandonado" mais de 10 minutos.

À parte disso, a verdade é que, no momento em que entramos na Disneyland, todas as preocupações ficam lá fora. O nosso universo passa a ser somente a Fantasyland, a Adventureland, a Frontierland e a Discoveryland, e os nossos maiores receios são apanhar filas com mais de 30 minutos para as diversões (o que acontece... muito!).
De um segundo para o outro, como se fossemos salpicadas por pó de fada, deixamos de ser as mães chatas e controladoras e passamos a ser mais umas crianças, no meio das milhares ali presentes.
Devo confessar que, com o meu filho, o único stresse que tive foi convencê-lo a andar na Hollywood Tower (que ele não andou) e lidar com a frustração dele (e minha!) por, após 2 horas na fila para o Ratatui, aquilo não render mais do que 2 fantásticos minutos.
Essa é a parte que mais custa, as esperas, que no meu caso só foram suportáveis porque abri uma excepção e permiti que o T. jogasse no telemóvel enquanto estávamos na fila. Assim até passava num instantinho... para ele!



A primeira vez que fui à Disneyland tinha 8 anos e a segunda tinha 26. Agora, com 34, não notei quase nenhuma diferença, parece que o tempo ali pára. Mas é um engano, não só não pára como passa muito rápido, aqueles 3 dias e meio souberam-nos a pouco, mas foram muito bem aproveitados!
Andámos em todas as diversões, desde o fofinho "It's a Small World" com cenários dos vários povos e culturas do mundo, às grutas dos Piratas das Caraíbas, a montanha russa do Indiana Jones, fintámos planetas e cometas na Space Mountain e andámos aos tiros galáticos com o Buzz Lightyear; vimos a Parada com todas as personagens nos espetaculares carros alegóricos, assistimos à fabulosa festa de encerramento com o video mapping que conta uma história projetada no palácio da Bela Adormecida, e deslumbrámo-nos com o grandioso fogo de artifício.
Comemos em restaurantes temáticos giríssimos, jantando uma noite no Planet Hollywood, outra na selva e ainda outra num castelo da Baviera. A R. até almoçou com as Princesas da Disney e com o Mickey, uma experiência inesquecível para as crianças (e não só)!


Ultrapassados os dramas alimentares (não há muita variedade e é tudo estupidamente caro), ninguém sai defraudado desta mágica e inesquecível viagem.
A viagem à Disneyland tanto faz sentido para crianças de 3 anos, que se encantam por personagens como o Dumbo, a Branca de Neve e o Peter Pan, como para as mais crescidas que já gostam de alguma emoção . Definitivamente, faz muito sentido para as mães e pais que ainda têm a sua criança interior aos saltos apreciam uma boa dose de adrenalina!