29/09/2015

Não chegavam os TEC, eis que vieram os TPC!

E, num clique, estamos nos 6 anos. Escolhemos novas escolas (há tanto para falar sobre este assunto que remeto para mais tarde), dão-nos uma lista infinita de material escolar para comprar, que nos obriga a percorrer o equivalente a 10 km de caminhada, preenchemos papelada que não acaba, tentamos habituar-nos aos novos horários, vamos a reuniões com pessoas que nunca vimos à frente e eis que começa o primeiro ano lectivo do resto da vida de estudante da pequena criatura, que estimo que termine lá para os 23, com o mestrado feito e pago pelos papás.
Mas o pior de tudo é voltar aos TPC (Trabalhos Para Casa), que tinham sido banidos da nossa existência há quase duas décadas. Não bastavam os TEC (Trabalhos Em Casa), aquele tipo de tarefa enfadonha e que não acaba, tal como pôr a roupa a lavar, a secar, preparar para mandar engomar, fazer refeições, limpar o que não foi limpo, arrumar, enfim, manter a ordem no caos de quem tem homem e criança em casa.

Em nove dias de aulas, a minha filha aprendeu duas letras: i e u e quer fazê-las até à (minha) exaustão… Também tem de escrever o nome em letras manuscritas, porque com as outras já escrevia desde os tenros 5. Nada de especial para quem se está a estrear nestas lides. Aliás, no primeiro mês, até nos foi dito que os alunos não têm TPC, só que treinar… com os pais, claro!
Também precisamos de ter prontinho para levar um portátil para as aulas de TIC (Técnicas de Informação e Comunicação), o CD de inglês devidamente descarregado e ouvido no descanso do lar. Só falta mesmo termos de saltar nas aulas de ginástica e cantar nas de música. Já faltou mais.

Com este andamento, temo que, até dezembro, já leia os Lusíadas e eu esteja num daqueles retiros espirituais onde as letras não são tão importantes assim, muito menos um computador.


Carla

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