Ah, pois é, as mães também saem de casa sem as crias, as mochilas, os bonecos, os tablets, a música infantil aos berros nos carros, o relógio debaixo de olho e os cabelos em pé. Ou, pelo menos, tentam. E até conseguem, mesmo que o processo seja longo e conte com várias tentativas de boicote feitas por seres que pouco mais têm que um metro.
Hoje, decidimos que a noite era nossa, pelo menos até darem as doze badaladas e o sapato de cristal se perder num sms de conteúdo duvidoso: “Quando vens? A criança está a perguntar por ti”. Contar até dez, respirar fundo e relembrar que ser mãe não é deixar de ter individualidade e seguir em frente sem nervoso miudinho nem culpa assumida.
Foram quatro horas bem passadas entre seis da mesma espécie. Risos, angústias, dúvidas, novidades ou simples banalidades partilhadas e regadas com bom vinho e muitas calorias, porque a semana foi dura e nós merecemos.
Carla
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